Amamentar é - aleitamento materno | por Chris Nicklas

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Dificuldade para amamentar /Vídeos

Ana Paula Timoteo: Fissura Labial, o pós-operatório

Segunda parte: saiba aqui se Ana Paula teve dificuldades para seguir amamentando depois da cirurgia.

  • 24/07/2014
  • Chris Nicklas

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Vejam abaixo a segunda parte do depoimento de Ana Paula, mãe de Heloisa, que nasceu com fissura labial, sempre foi amamentada no peito e com seis meses foi submetida a cirurgia de fechamento da fissura. Aqui Ana compartilha conosco de sua experiência, que por sua perseverança e também pela qualidade do acompanhamento profissional que recebeu desde o início, foi de muito sucesso! A seguir ela nos conta como foi essa etapa do processo:

Essa primeira fase da cirurgia da Heloisa consiste em apenas “fechar” a fissura, somente para dar a ela melhor qualidade na alimentação e aparência.

A cirurgia de reconstrução de lábios pode ser feita quando a criança atinge 6 quilos, o cirurgião que eu escolhi, além dessa regra, prefere esperar a criança completar 6 meses, por ser mais seguro em relação a anestesia. Como eu não tinha pressa também optei por esperar.

Desde os primeiros preparativos para a cirurgia, minha preocupação era se haveria dificuldades para amamentá-la, pois como a cirurgia seria feita com 6 meses e eu
amamentei somente no seio tinha medo de que ela passasse fome, mas sempre me garantiram que ela iria mamar perfeitamente.

A equipe foi ótima, me ajudaram com uma dedicação incrível, pois se admiravam quando dizia que ela só mamava leite materno.

Quando chegou o dia da cirurgia ela teve que fazer 6 horas de jejum, outras crianças tem que fazer 10 horas, mas como ela só mamava o seio, e o leite materno tem absorção mais rápida, ainda dei uma mamada às 2 da manhã.

Ela entrou para o centro cirúrgico às 8 da manhã. A cirurgia foi de aproximadamente 40 agoniantes minutos. Logo ela que chegou no quarto ainda estava com efeito da anestesia, mesmo assim como estava com fome logo quis mamar. Eu estava com muito medo, tinha receio de prejudicar os pontos, mas a única maneira liberada para mamar seria no seio, pois mamadeiras são proibidas por 30 dias.

 

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Heloisa recém chegada da sala de cirurgia

 

Ela não teve dificuldades em mamar. Bem me lembro que ao encostar a boca (agora reconstruída) ela sentiu diferença, ficava encostando e tirando a boca, mas logo se acostumou com a nova condição.

Ela foi pra casa no dia seguinte, não perdeu se quer uma grama de peso! Pra mim foi uma experiência incrível de dedicação e cumplicidade com meu bebê. Saber o quanto foi importante para ela minha dedicação.

Heloisa em casa, três dias depois da cirurgia

 

Tive muito medo que depois da cirurgia ela, por dor, deixasse o seio, mas uma semana depois tudo tinha se normalizado. Eu tenho bastante leite, tive que lidar com uma situação nova: depois da cirurgia ela não sabia controlar a força da sucção o que feriu meu seio, mas isso não era nada. Eu não iria chorar ou desistir por tão pouco, ela ali com a boquinha costurada não chorava nem fazia manha. Ela me deu força. 

A vida está normal hoje, após a recuperação começamos com as papinhas e mama só no seio. Meu esposo me incentiva muito para amamentá-la enquanto eu conseguir, minha família me apoia muito, só penso no bem estar dela.

Se alguma mãe que estiver lendo for passar por uma situação semelhante a única coisa que posso dizer é: – se lembre de que, só você pode fazer isso por seu filho, amamente-o.

Agora teremos outra cirurgia somente com 4 anos, tenho tempo de curtir meu bebê já que venci meus temores, medos e angústias.

Agora é só alegria.

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Veja aqui a primeira parte do depoimento de Ana Paula quando ela nos conta como foi o nascimento de sua filha.

A fonoaudióloga e consultora em AM Aline Sudo da o seu parecer sobre como amamentar um bebê que nasce com fissura labial e palatina.

Veja abaixo o que diz a Dra Ana Heloisa sobre amamentar um bebê com fissura labial palatina: